Meu nome é Maria, sou agredida todos os dias pelo meu marido, que de meu não tem nada, ele fala que eu sou sua que lhe devo obediência e que não devo colocar a cara na rua.
Meu nome é Maria, sou estuprada pelo meu padrasto todos os dias, pois de meu realmente não é nada, mas ele fala que sou sua que lhe devo obediência e que não devo colocar a cara na rua.
Meu nome é Maria sou assediada pelo o meu chefe todos os dias, pois de meu realmente não é nada, ele fala que sou linda e se eu não fizer sexo com ele vai me por no olho da rua.
Meu nome é Maria, sou agredia pelo meu pai todos os dias, pois de meu realmente não é nada, fala que eu lhe devo respeito, que sou sua e que não devo colocar a cara na rua.
Meu nome é Maria, meu vizinho, que de meu realmente não é nada, fala que sou burra, que não sei estacionar o carro na calçada que meu lugar e dentro de casa e que não devo colocar a cara na rua.
Meu nome é Maria ,minha amiga, pois de minha não é realmente nada, me denunciou para a polícia, por eu ter abortado um menino.
Meu nome é Maria,fui vitima de estupro e não posso abortar, pois meu agressor ,que de meu não tem nada, tem que cumprir com o seu “ dever”, a criança registrar e a pensão pagar.
De meu realmente não tenho nada ,pois não existe lei que me proteja, não tem estado que me perdoe ou que me auxilie.
Por: Camila Rosa ( militante do Movimento de Mulheres Olga Benário do estado de São Paulo)
Muito lindo o poema,só falto falar das instituições religiosas que oprime tanto a mulher!!
ResponderExcluirParabéns Camila Rosa