20.11.12

25 de novembro: Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

Basta de violência contra as mulheres!

Mas é preciso ter força
 É preciso ter raça 
É preciso ter gana sempre”
Milton Nascimento

Nós mulheres somos a maioria da população brasileira, mas estamos entre os que mais sofrem. Desde que nascemos, nossos direitos são roubados: não temos acesso à saúde e educação de qualidade, levamos nas costas as obrigações domésticas e muitas de nós não têm emprego digno. Quando conseguimos algum trabalho, nosso salário é, em geral, menor do que o recebido pelos homens.
Na realidade, na imensa maioria das famílias, a mulher sofre a escravidão doméstica. É sobre ela que recaem as tarefas dos filhos, da alimentação, da casa e de todo o mesquinho e pesado trabalho doméstico.
Também crescem os casos de violência física e sexual contra as mulheres, incentivada pela propaganda burguesa nos meios de comunicação, que apresentam a mulher como objeto sexual ou uma mercadoria à venda.
Somente na última década, 43,5 mil mulheres foram assassinadas no país. Não bastasse, a cada 15 segundos, uma mulher é agredida no Brasil. Essas agressões, em geral, são cometidas por pessoas do seu convívio: namorados, maridos, irmãos ou pais, que expressam através da violência a posse sobre a mulher.
Neste ano, a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, completa seis anos. Importante conquista das mulheres, a Lei nasceu com o objetivo de garantir proteção às mulheres em situação de violência, bem como punir agressores e assassinos de mulheres. Porém, a pesquisa “Mapa da Violência 2012 – homicídios de mulheres no Brasil” mostrou que em todos os estados brasileiros, apesar da Lei, é grave a situação de violência contra as mulheres.
A aprovação de leis que colaborem com a emancipação da mulher é muito importante para a mudança de comportamento da sociedade, porém, não é suficiente. É preciso que as leis sejam cumpridas e, muitas vezes, a Justiça age a favor dos agressores, deixando impunes aqueles que agridem ou assassinam mulheres. Também o Estado se omite. Basta olharmos que em mais de 5.500 municípios existem apenas 466 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, 190 Centros de Referência (atenção social, psicológica e orientação jurídica) e 72 Casas-Abrigos.
Por tudo isso, é necessário que as mulheres se unam para combater a violência, organizem atos e manifestações, exijam a prisão dos agressores e assassinos e denunciem a cumplicidade do Estado e da Justiça com a violência.
O 25 de novembro é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. É um importante momento para se intensificar a denúncia e o combate à violência e para conscientizar todas as mulheres sobre a necessidade de se organizarem e lutarem pelo fim de tais crimes e dos abusos dos patrões capitalistas contra a mulher.
O Movimento de Mulheres Olga Benario surgiu para desenvolver essa luta e organizar as mulheres brasileiras contra a opressão e por uma sociedade socialista, na qual a mulher não seja uma mercadoria, mas respeitada e livre. 
 
Não se cale! Lute!
Pelos direitos da mulher! Pelo socialismo!
Movimento de Mulheres Olga Benario

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